segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Por dentro - Festival Internacional de Contrabaixo


Por Ariel Nog Andrade


Na última quinta-feira (10 de setembro de 2011), tinha início um festival que se tornaria inesquecível para aqueles que participariam, organizaram e para todo o público presente. Tinha início o Festival Internacional de Contrabaixo em Belém, que contaria com a participação de grandes nome do instrumento em nível nacional e até mesmo nível internacional.





Evento inovador que mostra que o Brasil tem sim público para música instrumental, afinal desde a primeira nota até a última o público que compareceu em massa no local do evento foi a loucura, grande música quase que grátis, uma vez que a ajuda que era requisitada na entrada - alimentos ou dinheiro em espécie (R$ 10,00) - era totalmente convertido em ajuda à comunidades carentes da região.


Na primeira noite do Festival, grandes nomes estremeceram as estruturas do Memorial dos Povos, em Belém, tais como Frank Negrão que contou com canja do mestre do jazz americano Jim Stinnett e o baixista mais novo do festival - Yuri, além de Frank outros destaques foram o gaúcho Henrique Fontoura, que apresentou a sua nova música de trabalho recheado com super bom gosto e o baiano Joel Moncorvo, que definitivamente destruiu tudo, com tanto grave, esbanjando técnica e velocidade, levando o público local ao delírio.


Já na segunda noite, verdadeiros dinossauros do baixo brasileiro desfilaram suas técnicas tais como o 'dedinho veloz' Mauro Sérgio, o mestre Adriano Giffoni com toda a sua brasilidade e Ronaldo Lobo. Em estilos totalmentes diversos, se destacaram não só pelo 'quesito' técnica mas também pelo 'quesito' sentimento.




Na manhã do 3° dia do Festival Internacional de Contrabaixo promovido pela AAMI (associação dos amigos da música instrumental) em parceria com o IB&T, aconteceu a master class com os americanos convidados para o festival, Todd Johnson, Jim e Grant Stinnett e Dom Moio. Promovendo uma grande troca de experiências e uma enorme transmissão de conhecimentos destas verdadeiras lendas do Jazz americano, por mais de duas horas eles tocaram, responderam perguntas e certamente, mudaram a visão dos presentes em relação à música. No Encerramento cada aluno, ainda poderia solicitar uma aula com estes mestres,  como Personal, sem dúvida, experiência única para todos os baixistas.


Pra fechar com chave de ouro, os americanos que em todas as noites vinham fazendo participações, mostraram a que vieram, precedidos de grandes baixistas como Ney Neto que surpreendeu cantando e groovando mais do que nunca, o grande Adelbert Carneiro que mostrou estar pronto pra encarar muitos outros festivais deste nível, uma vez que sua técnica e seu bom gosto encantaram à todos. Celso Pixinga, verdadeiro Bass hero dos brasileiros, continua impressionando à todos com tamanha técnica, velocidade, melodia e arranjos, mesmo se apresentando com febre Pixinga mostra o por que de tanta devoção por parte dos músicos - SENSACIONAL, este que seria convidado como o nome de "MESTRE Pixinga" na apresentação das feras americanas, minutos mais tarde.



Nós do BaixoNatural transmitimos o evento ao vivo para o mundo inteiro totalmente grátis via internet, o que segundo Pixinga, foi realizado pela primeira vez em tantos anos de IB&T Bass Festival, com o intuito de baixistas espalhados pelo globo poderem compartilhar de tão fantástica experiência.


Desligados os PA's (exigência gringa, para que o som deles estivessem apenas ao seu controle), silêncio tomava o local após o anúncio das grandes atrações do festival, no palco de Belém, o mais puro jazz americano com Jim Stinnett, Grant Stinnet, Todd Johnson e Dom Moio. Com uma apresentação arrasadora mostraram realmente como se faz, mesclando apresentações em duo, solo e em formação completa. Totalmente extasiado, o público do local aplaudia e se emocionava com os temas e improvisos apresentados. Os caras destruiram tudo e plantaram a semente do jazz em Belém para o mundo, como diria Jim Stinnett: "That's The Shit!".






Créditos:
Fotos: Victor Nikolai e Neto Dias
Transmissão ao vivo: Thiago Amaral

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Um comentário:

  1. Tenho um grande orgulho de poder dizer que Ney Neto é meu filho, atualmente vivo no México e em Junho deste ano encontrei meu filho (Ney Neto) em Chicago/Il, passamos o final de semana e pude assisti-lo dando aulas sobre musica brasileira nesta cidade, sou suspeita para dizer, mas meu filho é a pessoa mais humilde e carismática além de ser um excelente músico, sinto não poder estar ao seu lado mais amiúdo, mas com certeza sou sua fã número um!!!!!

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