sábado, 6 de outubro de 2012

Mídias sociais: 5 dicas pra dar um up na sua carreira com Mídias Sociais.

Por Ariel Andrade



Fala galera dos graves, como vocês sabem não estamos usando este blog já faz um tempo em virtude do nosso novo site, mas como estamos em manutenção por lá resolvemos postar algo novo por aqui, e o assunto de hoje é importância das mídias sociais na carreira do músico nos dias de hoje.
É claro que o foco principal é a música, porém a imagem do artista, o fácil acesso ao seu trabalho e como ele gera tudo isso com seu público alvo são questões de suma importância para que um artista obtenha sucesso em sua jornada nos dias de hoje.
As mídias sociais de alguma forma viraram o complemento perfeito para  a gestão artística, inúmeros são os exemplos de terem conseguido 'chegar lá' e o mais difícil 'se manter lá' através das mídias sociais, vejamos alguns exemplos:

COBUS POTGIETER


PIPOQUINHA


MARLOWE DK


Estes são apenas alguns de muitos, porém o que há de semelhante em todos? - Eles não tratam as mídias sociais como confessionário ou a usam de maneira aleatória e descompromissada e sim como ferramenta indispensável a manutenção de suas carreiras depois de já ter usado como 'alavanca artística'. Vamos lá, Cobus Potgieter, um jovem da África do Sul que começou sem pretensão nenhuma a fazer vídeos de covers de música para o Youtube e com a manutenção certa de suas páginas e fácil acesso ao seu trabalho, hoje além de centenas de milhares de seguidores, é endorsee de grandes marcas ao redor do mundo, tem um trabalho consolidado nos Estados Unidos onde mora agora tendo trabalhado com grandes artistas e gravado alguns trabalhos como métodos em DVD e CDs de artistas, além de aparições com grandes ícones como Chad Smith do RHCP.


Olhemos agora para o brasileiro Pipoquinha, muitos acham que o seu sucesso é devido somente a uma aparição em um programa de grande audiência da televisão, mas se além do talento o garoto não tivesse mantido uma boa relação de imagem, dedicação e virado 'figurinha repetida' nas páginas do Youtube e Facebook, talvez hoje estivesse junto a milhares de outros que estiveram no mesmo programa e hoje suas vidas não mudou em nada.


MarloweDK é um dinamarquês que teve a internet, em especial, sua página no Facebook e seu canal no youtube como alavancas para a sua atividade artística, até usar estas ferramentas era uma desconhecido para o resto do mundo e com o uso correto destas ferramentas hoje até assina modelos de baixo de Sandberg assim como conta com milhares de inscritos em seu site oficial e seu canal no youtube.


Ainda dá pra encarar as mídias sociais apenas como um complemento ou será que já na hora de a encararmos com maior seriedade e como parte integrante e fundamental de nossas carreiras? - é claro que as formas tradicionais de divulgação e contato juntamente com os estudos voltados a música, continuam sendo os pilares, porém hoje em já caminhando para o final de 2012 as mídias sociais com claridade e acesso direto a informações vem fazendo a diferença no mercado profissional.

CINCO DICAS PARA VOCÊ DAR UM UP NO SEU TRABALHO COM AS MÍDIAS:

1. Use-as com inteligência e com moderação, assim não as tornará chatas para aqueles que dividem este espaço com você por apreciarem seu trabalho ou você.
2. Cuide da sua imagem na web como você cuida na vida real, não as trate com falta de compromisso, não invente informações.
3. Deixe sempre um fácil acesso ao seu trabalho, informações claras e diretas, tornam a assimilação mais fácil e poupa aquilo que nos dias de hoje falta: TEMPO.
4. Procure não publicar qualquer trabalho, filtre os melhores e mais bem feitos.
5. Dê atenção ao público que movimenta suas mídias, reservando um tempo para responder certas dúvidas e ouvir as críticas/sugestões, pois eles são os responsáveis pelo seu sucesso ou fracasso.


Esperamos que tenham curtido, deixem comentários e juntem-se a nós no facebook http://facebook.com/baixonatural e no Youtube http://www.youtube.com/user/BaixoNatural


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Baixonatural Entrevista: Thiago Espírito Santo

Por Ariel Andrade


Desde as nossas primeiras entrevistas, o nome desse cara é absoluto nos pedidos de nossos seguidores e leitores - Thiago Espírito Santo. Ao conhecer alguns baixistas americanos de muito respeito como Todd Johnson e Jim Stinnet, me surpreendi com tanto respeito destes perante Thiago, e percebi que assim como no Brasil ele é considerado um dos melhores em nosso amado instrumento. Referência do Jazz de seus projetos solo/instrumental ao Pop Alternativo no Main Stream do Teatro Mágico, Thiago Espírito Santo sem dúvidas nenhuma é de longe um dos caras que vem  trazendo o baixo um passo a frente na história. E com muito prazer tive a honra de entrevistar ele pra você aqui no Baixonatural.com, confira:
- Nos fale um pouco da sua história, como foi o seu começo e quando que decidiu ser profissional, vivendo do baixo.
Eu venho de uma família de músicos, sou filho do Arismar do Espirito Santo (multi-instrumentista) e Silvia Goes (pianista). Cresci num ambiente extremamente musical, que me proporcionou o convívio com grandes músicos. Assisti muitos ensaios, shows, gravações, e essas experiências me influenciaram para me tornar um músico. Desde cedo eu brincava com os instrumentos que tinha em casa (bateria, baixo, violão e piano), mas tomei a decisão de me tornar um baixista aos 13 anos. Eu estudava bastante, tocava o dia todo para aprimorar a minha técnica e meus conhecimentos em escalas, harmonia e ritmos. Tive o meu primeiro trio de música instrumental com 15 anos de idade, tocávamos 3 vezes por semana e a partir daí comecei a atuar profissionalmente. Além disso toquei por muitos anos pop, MPB e forró na noite de SP, e com o passar dos anos as pessoas foram me conhecendo e os convites para trabalhos maiores foram surgindo.

- Como é ser filho de uma lenda do baixo? E como isso influenciou a sua formação e até mesmo sua técnica?
É uma honra ser filho do Arismar, amo muito meu pai. Cresci ouvindo ele tocar baixo e me influenciei muito pela concepção musical que ele atingiu no instrumento. Algumas pessoas me comparam com meu pai, eu dou risada e deixo para elas as opiniões e comparações. Sobre a técnica eu sempre digo que estou tentando entender o que ele faz no baixo! Curto muito a parte percussiva, harmônica e melódica dele, aprendi muita coisa, mas admito que tenho dificuldade para executá-las com a naturalidade que ele toca!


- Alguma vez chegou a pesar o fato de ser filho de um ícone e estar seguindo no mesmo ramo?
Sim, passei por uma fase complicada no começo da minha carreira.No começo eu ficava chateado com as comparações. imagine só, um adolescente com 15 anos de idade ouvindo piadinhas de um bando de marmanjos e questionando a minha capacidade. Tive que manter a cabeça fria e os pés no chão, pois eu sabia que o caminho seria longo para atingir o nível do meu pai. Continuei estudando, praticando e evoluindo.

- Quais as suas maiores influencias musicais?
Arismar do Espirito Santo, Jaco Pastorius, Gary Willys, Hermeto Paschoal, Oscar Peterson, Weather Report, Joe Pass, Michel Petruccianni, Johnny Griffin e muitos outros.

- Na recente passagem pelo Brasil, de grandes feras americanas de grande prestígio internacional como Jim Stinnett, Todd Johnson e Dom Moio, os mesmo deixaram claro a grande admiração que tem por você, chegando a afirmar pra mim que em dois ou três anos o mundo inteiro te conheceria e você seria o número um. O que você acha desta declaração?
Fico lisonjeado com tamanho elogio, mas meu foco está na música que toco. Acredito que a cada trabalho que concretizo eu aprendo mais e evoluo como ser humano e como músico. O mais importante na minha carreira é a formação do meu público, manter contato com quem curte o que eu faço e trazer novidades para eles.



- Você costuma fazer apresentações instrumentais e gravações nos Estados Unidos. O objetivo do Thiago é massificar o trabalho lá fora e acabar se juntando a outros brasileiros que foram pra lá trabalhar e morar, tais como Ebinho Cardoso e Sérgio Groove?
Não tenho a intenção de morar nos EUA atualmente. Estou numa fase muito boa aqui no Brasil e pretendo aproveitá-la ao máximo. Eu trabalho para tocar em muitos lugares, inclusive os EUA. Meu objetivo é levar a música que toco para todos o planeta, independente da cidade que eu more.

- Sobre equipamentos, qual o seu setup atual quando o assunto é gravação em estúdio e apresentações ao vivo?
Atualmente uso o mesmo setup em estúdio e ao vivo. Tenho um amplificador Aguilar Tone Hammer 500, 2 caixas SL 122 (Aguilar), Delay line 6 e o reverb da TC electronics.
Os baixos variam de acordo com o show ou faixa a ser gravada, mas basicamente uso os meus baixos Thiago Espirito Santo signature feitos pelo N. Zaganin.


- Você costuma se apresentar nos festivais de baixo promovidos pelo Pixinga. Fale um pouco sobre essa experiência de rodar o Brasil junto de tantos grandes instrumentistas.
É uma honra ser amigo do Pixinga e poder conviver com ele nesses festivais pelo Brasil.
O festival tem um papel que vai além da música, ele reúne e fortalece a classe dos baixistas. Nas viagens tive o prazer de conhecer o trabalho de baixistas de outras cidades, conhecê-los como seres humanos e criar uma amizade com eles. Isso não tem preço e o Pixinga é quem cria essa oportunidade para todos nós!

- O Brasil é um País com grandes talentos no baixo. Tem algum ou alguns que estejam te chamando a atenção no momento?
Sim, sem dúvida. O Pipoquinha e o Gabriel Couto são a nova geração, ambos com muita musicalidade e pouca idade. Fora esses dois prodígios tem muita gente boa por aí em todo o país.

- Recentemente você tornou-se membro da grande banda, Teatro Mágico. Como é esta experiência e principalmente a transição de um artista solo/instrumental como você para um cenário totalmente diferente como o Main Stream?
Fui muito bem recebido pela equipe e minha adaptação ao trabalho foi rápida. No TM eu tenho uma performance completamente diferente da minha carreira solo. Uso figurino, maquiagem, baixo com trastes, sistema sem fio, canto, pulo, faço coreografias e corro o palco todo durante todo o show. É muito bom tocar com eles! O Público é maravilhoso, conhece e respeita o trabalho, cantam as letras e se identificam com a música. É muito bom fazer parte de uma banda como O Teatro Mágico.


- Sabemos que mesmo com o Teatro Mágico, você não largou seus demais projetos. Como lidar e administrar essa agenda cheia, dividindo atenção entre a banda, projetos instrumentais e os demais gigs?
A minha produção tem uma comunicação muito boa com o escritório do TM e estamos sempre em contato referente ao agendamento dos compromissos. Isso faz com que eu consiga administrar bem a minha agenda e consiga realizar o meu trabalho paralelamente ao do TM.

- Ainda dá tempo de praticar o instrumento e estudar música?
Sim! Mesmo viajando eu levo meu violão, ou um amp com fones e fico tocando. Escuto música durante as viajens e quando estou em casa fico praticando, dou aulas, componho. Enfim, não tem desculpa, quem gosta de estudar e tocar aprende a organizar o tempo para poder evoluir.


- Você acha que caras como você e até mesmo o próprio PJ (Jota Quest) envolvidos com bandas pop e do main stream, vão dando outra cara ao estilo até mesmo mais respeito, quebrando aquela concepção (errada, diga-se de passagem) que músico técnico deve limitar sua atuação à estilos como o Jazz e afins?
Infelizmente os músicos tem um sério problema de ego. Muitos músicos bons não se "sujeitariam" a tocar determinado estilo. Não existe música ruim, existe música mal tocada. Cabe a nós músicos tocarmos as músicas da melhor maneira possível, independente do estilo, para que o público possa ter acesso a música de qualidade. A mudança está em nossas mãos, basta tocar direito.



- Quais os planos para sua carreira em 2012?
Estou em turnê com o Teatro Mágico, vamos gravar um DVD no segundo semestre. Também pretendo gravar mais um cd, será o meu quinto cd e além disso continuo realizando workshops, participando de festivais, lecionando..O tempo que sobra aproveito para curtir a minha família!

- Onde podemos entrar em contato direto com seu trabalho?
através do meu site www.thiagoespiritosanto.com.br

- Qual dica você daria para os baixistas que um dia sonham em se tornar profissionais?
Essa profissão tem o poder de mudar a vida das pessoas. Lembre-se sempre do amor que você sente pela música e se prepare para tocar bem. Aprenda a tocar praticando, não se esconda atrás das regras e teorias que são ditas por aí. O que realmente importa é o som que você é capaz de produzir e se for bem feito sempre haverá alguém para te aplaudir. Seja humilde, ajude o próximo, não tenha medo de dizer que não sabe algo. Pense positivo, acredite que você é capaz de tocar. Estude a música que está dentro da sua cabeça, exteriorize esse som para que todos nós possamos escutar a sua música. Prestigie seus colegas, incentive quem está começando, não tenha inveja dos outros, passe seu conhecimento adiante. A evolução só vem para quem está pronto para evoluir. 


Deixe seu comentário abaixo, Compartilhe nas redes sociais nos linkas ao lado e chame os amigos pra fortalecer o movimento pelo baixo em http://facebook.com/baixonatural

domingo, 22 de abril de 2012

Ícone continua 'quebrando tudo'


A equipe do Baixonatural foi até Recife para conferir o show da lenda Paul Mccartney em sua nova turnê 'On The Run'. Que o cara é um dos maiores ícones da música de todos os tempos e grande referência no baixo para os maiores baixistas do mundo, todos sabem, porém que até hoje ele continua levantando mais de 60 mil pessoas por show sem a mínima pausa nem sequer para beber água, isso sim é de surpreender.
O que mais surpreende é que mesmo sem precisar continuar fazendo shows e gravando discos, ele o faz. Por três horas de show Paul mesclou grandes sucessos dos Beatles, do Wings e de sua carreira solo, incluindo canções nunca tocadas ao vivo antes, canções do novo disco, canções de George Harrison e John Lennon e até mesmo canções que só foram tocadas na década de 60 durante as gravações originais dos álbuns do Fab4.


Mcca continua mostrando todo o seu bom gosto e criatividade em suas melodias e linhas de baixo que até hoje 'adubam' a mente baixística mundial. Procuramos atentar a todo momento a execução destas linhas consagradas e em nenhum momento Paul deixou a desejar e continua calando a boca dos críticos que a cada turnê o aposentam mas acabam se impressionando com o mover de multidões ao redor do globo. Vida longa ao mestre Paul Mccartney, que nos anos 60 já enxergava muito além do seu tempo principalmente ao escapar do clássico 'tônica-quinta-tônica'. Portanto corre e baixe a discografia desse cara e inspire-se.

Deixe seu comentário e junte-se ao baixonatural em http://facebook.com/baixonatural

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dicas Du Valle: Empreendedorismo Musical


Por Raphael du Valle

Olá amigos do Baixo Natural, é um prazer imenso estar falando com vocês sobre um tema que gosto muito que é o Empreendorismo Musical. Muito se fala em estudar, estudar, estudar e isso é importante sim! Mais hoje em dia as coisas mudaram e mudaram bastante. Foi-se o tempo em que “apenas” tocar bem bastava! Hoje em dia temos que nos atentarmos a muito mais detalhes para nos tornarmos baixistas e músicos profissionais.
Com a grande expansão de instrumentistas no país, cada dia mais temos que cuidar de nossa perfomance, equipamentos, relacionamentos, Marketing pessoal, horários, parcerias, novidades, tendências, tecnologias, ou seja, tocar que é o que mais gostamos de fazer, hoje em dia, divide espaço com outros itens que também contribuem para o sucesso de um músico.


Vou citar um exemplo rotineiro e que temos que estar muito atentos. Imagine um músico que toca muito bem, destrói o instrumento, porém, sempre chega atrasado nas gigs? Este músico com certeza perderá espaço para outro músico que mesmo tocando um pouco diferente dele, chega no horário e é responsável.
Outro assunto interessante é o fato de que “cada um possui o seu som”, portanto, não podemos cair na armadilha da competição musical e sim valorizar a pegada e o jeito particular de tocar de cada um, assim, teremos um mercado mais saudável e sustentável. Falarei mais a fundo sobre este assunto em outra oportunidade.
Certa vez ouvi uma frase que me marcou muito: “Contato vale mais do que dinheiro”. E é bem real isso, pois pude experimentar isso na prática e dá muito certo. Quantos e quantos trabalhos fiz sem a pretensão de ganhar dinheiro e isso reverteu em ótimos frutos à médio-prazo e garanto que ainda reverterá em mais frutos a longo-prazo. Fiz muitas amizades com músicos de outras partes do mundo mostrando meu trabalho solo e estes se identificaram com o som e ali começou uma amizade e parceria duradoura de onde se desdobraram vários outros trabalhos e conquistas. Não quero aqui ficar falando das coisas que fiz e sim mostrar que é possível com o foco correto, conseguirmos nos profissionalizar e ganhar mais visibilidade para nossas carreiras.


Bom, de antemão, aconselho que comece a prestar mais atenção nestes itens que eu mencionei a cima e também que pense na música como algo para emocionar as pessoas e não simplesmente impressionar aos músicos. A partir daí tudo começa a mudar. Tente achar a sua verdade e com certeza o universo conspirará a favor de seus trabalhos e de sua música.Em outras oportunidades falaremos sobre cada passo detalhadamente e espero poder ajudar a todos com o pouquinho que aprendi nessa caminhada. Grande abraço a todos! Saúde, Paz e muita música.

Raphael du Valle
www.toquemaisbaixo.com.br

NÃO ESQUEÇA DE COMENTAR ABAIXO, COMPARTILHAR E SE JUNTAR AO BAIXONATURAL EM http://facebook.com/baixonatural

quarta-feira, 4 de abril de 2012

No Estúdio - I

Por Ivan Jangoux

E aí, amigos do Baixo Natural? A maioria dos leitores do portal não deve me conhecer, então vamos lá: meu nome é Ivan Jangoux e sou técnico de áudio e produtor musical em Belém. Trabalho no Am&T Vinttage Studio, assim como no meu próprio home studio, que chamo de Quarto Amarelo. Minha especialidade e paixão é rock, mas já gravei todo tipo de música como: forró, pagode, chorinho, hip hop, etc. Além disso, sou guitarrista por ofício, mas toco de tudo um pouco - bateria, contra-baixo (já fui baixista quando mais jovem), teclado..a gente se vira! Bem, recebi o convite para vir aqui falar de gravação do contra-baixo, dar algumas dicas, sugestões, enfim. As dicas são muitas, então publicarei uma série de textos que vão ajudar você, baixista, a aproveitar melhor a sua gravação.



Muitas vezes, o músico (independente de ser amador ou profissional) chega em estúdio sem qualquer planejamento do que será feito e sem verificar algumas coisas que parecem óbvias como: o arranjo da música, regulagem, situação das cordas, etc. Se você não verificar tudo isso já estará começando tudo errado! Então, antes de mais nada, leve seu instrumento a um bom profissional de luthieria (se você estiver sem grana, procure no youtube alguns tutoriais de regulagem - ainda sim recomendo não economizar no luthier) e peça para regular o baixo na afinação que você vai gravar e de acordo com o estilo que você vai tocar. Para rock mais pesado e metal, por exemplo, algum trastejamento das cordas é permitido pois até ajuda na presença, de forma que o contra-baixo se defina melhor no meio das paredes de guitarras - mas imagina isso em música popular! Tudo isso tem que ser visto para não chegar na hora e você perceber que aquele slap que você ia dar não está rolando com o setup que o baixo está, ou que aquela nota na 12º casa está soando baixa (ou alta). Tá, a gente pode melhorar a afinação no Melodyne (Auto-Tune, Waves Tune, etc não reconhecem bem as notas graves), mas você vai perder um pouco no som. Viu como as coisas começam a se moldar desde o início?
Outro detalhe de extrema importância para rock, pagode, forró, pop ou quaisquer outros estilos que se precisem de brilho no baixo são as cordas. Tê-las novas é muito importante para que o baixo tenha presença no meio dos outros instrumentos (em rock e metal isso é importante demais, devo ressaltar! Cordas velhas em rock geralmente necessitam de uma dose absurda de processamento para ganhar punch e não se embolar com bateria e guitarras). Costumo dizer aos meus clientes que corda nova é aquela que você tira da embalagem e grava, pois após umas 48h de exposição à umidade, poeira, etc, a corda já perde brilho e punch. Alguns produtores famosos trocam cordas a cada 8 horas! Mas, convenhamos, né, a nossa realidade torna isso impossível para a grande maioria. De modo geral, acredito que dá pra gravar um CD inteiro com um pacote de cordas novas. Para outros estilos como o Reggae e o Jazz, por exemplo, acredito que cordas mais velhinhas sejam uma opção mais adequada, pois, habitualmente, requerem timbres mais velados.



Como produtor, técnico e músico gosto que baixo e a bateria estejam bem casados no arranjo, pois acredito que isso é importante para 90% das músicas, fora raras exceções. A sonoridade do baixo influencia diretamente na sonoridade do bumbo e vice-versa! Ambos somam ao timbre e "punch" um do outro. Mas você já sabia disso, não é? Existem casos que não precisam seguir essa regra, mas vamos considerar que estou generalizando.
Para ajudar a parte rítmica de algumas bandas a definirem melhor o seu groove, sempre dou a dica de cantarolar a melodia ou o tema da música e deixar que ela leve o ritmo pra onde ele tem que ser levado. Gosto também que o baixista 'cante' a bateria, procurando acentuações, ritmos, etc. Já usei esse macete com músicos de vários níveis e sempre ajuda de alguma forma. Uma vez o groove básico estando pronto, é hora do batera e do baixista sentarem para rever suas partes, verificar se está todo mundo falando a mesma língua. Além disso, apesar do baixista ter liberdade para groovar, fazer suas frases melódicas, mostrar sua criatividade, tudo tem hora e lugar. Você não precisa tocar tudo que você sabe toda hora, deixe a música respirar - simplicidade e pausas também fazem parte de um bom groove. Ah sim, não se esqueça também de entender BEM a harmonia da música. Uma coisa que vejo sempre é o baixista tocar 3as maiores em cima de músicas de tom menor, ou vice versa, sem realmente ter a intenção, sem ter prestado atenção nos arranjos e na harmonia. Tensão é legal de vez em quando e feita de forma consciente.



Inicialmente são essas as dicas que deixo para você baixista ter um melhor resultado em suas gravações. Lembre-se: tudo que entra na fita, no computador, é o que vai ficar no final. Não existem milagres, técnicos e produtores não são mágicos. Claro, temos alguns métodos para melhorar o que já está bom, mas não há como tornar algo ruim em adequado. Então, faça sua parte e isto será o primeiro passo para um belo som de baixo em suas canções. Se você quiser conhecer mais do meu trabalho, visitewww.facebook.com/ivantheproducer e twitter.com/ivantheproducer. Até a próxima!

NÃO ESQUEÇA DE COMENTAR ABAIXO, COMPARTILHAR E SE JUNTAR AO BAIXONATURAL EM http://facebook.com/baixonatural
LEMBRANDO QUE ISSO É SÓ UM DROPS DE NOSSO CONTEÚDO, AGORA ESTAMOS COM UM NOVO PORTAL ACESSE http://baixonatural.com

domingo, 25 de março de 2012

MUDAMOS DE ENDEREÇO, CONHEÇA NOSSO NOVO PORTAL!!


CAROS AMIGOS, TIVEMOS A HONRA DE INAUGURAR UM NOVO CONCEITO NO MUNDO BAIXÍSTICO NA AMÉRICA LATINA - NOSSO NOVO PORTAL. E TE CONVIDAMOS AGORA MESMO PRA VISITAR, APROVEITAR NOSSO CONTEÚDO E VOLTAR SEMPRE. TAMOS TE ESPERANDO: http://baixonatural.com/index.php

segunda-feira, 12 de março de 2012

Bate-Papo de Baixistas - Cordas novas ou velhas na Gravação? Old or New strings?

Por Ariel Andrade


Sempre que o assunto é gravação, a discussão é grande sobre o assunto - Cordas. Alguns acreditam que a corda deve estar completamente nova, outros já acreditam que seria melhor uma corda com poucos dias de uso e ainda há uma outra corrente que acredita que o melhor timbre é aquele da corda "velha", com o tom mais fechado. Esse assunto pintou por aqui e resolvemos perguntar pra quem é PRO no assunto, grandes nomes do planeta nos ajudaram com suas opiniões em exclusividade para o Baixonatural, confira:

Velha Vs. Nova




Ismael Miranda Miranda (Brasil)



Olha só grande Ariel, eu gosto de gravar com cordas novas porem, existe alguns estilos que cordas bem velhas resolvem melhor. ex: Reggae









Alberto Rigoni (Itália)

Bom, quando tenho que gravar partes solo eu amo ter cordas nova, o som brilhante é ótimo para solar. Enquanto para partes rítmicas eu prefiro gravar com cordas usadas por 2 - 3 dias. Eu nunca uso cordas velhas para gravar.
(Well when I have to record solo parts I love to have new strings, brilliant sound is great for soloing. while for rythm parts I prefer to record with strings used for 2-3 days. I never use old strings to record).

Ronaldo Lobo (Brasil)

Olá. prefiro cordas novas, com uma semana de trocadas, pois a afinação já assentou. A galera usa cordas velhas mais no fretlles e dependendo do tipo de som.






Simone Vignola (Itália)

Primeiramente, eu prefiro usar stainless steel strings (Cordas de aço inoxidável), eu a considero melhor para o slap e mais brilhante do que as de níquel. Eu troco as cordas antes da gravação, eu acho que o melhor som é o da corda mais nova que você puder. No entanto, eu sugiro que considere muito importante a área do baixo que você toca com a mão direita, do braço até a ponte, e a dinâmica do seus dedos: isso realmente pode modificar totalmente o seu som, podendo ter um som gordo tocando suavemente perto do braço mesmo com cordas novas.
(First I prefer to use stainless steel strings, I find them better for slapping and more brilliant than the nickel. I change strings before recording, I think the best sound is with the newest strings you can. By the way I suggest to consider very important the bass area you play on with the right hand, from the neck to the bridge, and your finger's dynamic: this really can totally change your sound, having a fat sound playing softly next to the neck also with new strings).

Davi Motta (Brasil)


Antigamente eu gostava do som das cordas já usadas, sem muito brilho, mas hoje, entendendo mais de gravação, prefiro as cordas novas, te possibilita trabalhar melhor o timbre do baixo, desde a captura à junto com outros instrumentos, sem ter que mexer demais numa frequência ou outra, acertando só os detalhes. Forte abraço!











Thomas Risell - MarloweDk (Dinamarca)

Para coisas modernas eu gosto de cordas novas, mas também podemos conseguir um som bom com cordas mais velhas. Quando faço mais R&B e Hip Hop eu não me importo em usar cordas "mortas" ou lisas (Flatwounds).



(For modern stuff i like new strings, but can also get good sound out older strings. When doing more r&b hip hop i don't mind dead or flatwound strings).                                        

 Fernando Molinari (Brasil)

Eu vario de instrumento para instrumento. Deixo a maioria dos meus instrumentos com as cordas sempre bem novas. Já no caso do meu jazz bass de escala escura, uso cordas semi novas (as que tiro de outro instrumento passo para ele) Como uso cordas com ação bem baixa, cordas novas demais no caso dele deixam o som muito aberto tirando a sonoridade "vintage". Obs: As cordas são semi novas com em média 1 mês de uso, assim elas ainda brilham e definem bem, mas não ficam com um agudo desconfortável.
Cordas velhas tendem demais paras frequências médio graves, fazendo com que o instrumento na mix final fique muito opaco e sem definição.Na hora de gravar sempre grave com timbres mais abertos e definidos, pois se for necessário podemos deixar o som mais denso na hora da mix, mas se fizer a captação com timbre muito fechado...ai não tem santo que ajude a definir seu baixo com a banda depois (risos). Só no caso dos fretless que cordas mais velhas soam bem na minha opinião.

Janek Gwizdala (Estados Unidos)

Tudo depende do que eu estou gravando. Eu vou para o estúdio com alguns baixos, e pelo menos um deles tem cordas velhas que não são trocadas há alguns anos. Isso me dá um som específico. Eu troco minhas cordas a cada três dias no meu Fodera principal não importa o que eu esteja fazendo. Eu toco tanto aquele baixo e gosto do som e da sensação de um novo set de cordas. Eu também uso cordas lisas (Flatwounds) e de fitas de nylon (Nylon Tape Wound) nos meus baixos fender, mas novamente isso tudo depende do projeto e de qual tipo de som eu ou o produtor estamos procurando.

Recentemente eu estava no estúdio com John Mayer em Nova Iorque gravando o novo álbum de Bob Reynolds, e eu perguntei para o engenheiro se por lá pelo estúdio havia algum baixo antigo que eu pudesse usar, só para ter outra opção de som no disco. Eles encontraram um velho Fender music master que pertenceu ao Jim O'rouke do Sonic Youth, e eu acabei tocando o disco inteiro com ele. Eu coloquei um set novo de cordas Nylon Tape Wound nele no primeiro dia de gravação e não as troquei pelo resto do álbum.

(It all depends on what I'm recording. I go to the studio with several basses, and at least one of them has old strings on it that haven't been changed in a couple of years. That gives me a specific sound. Then I change my strings about every three days on my main fodera no matter what I'm doing. I just play that bass so much and like the sound and feel of a new set of strings. I also use nylon tape wound and Flat wound strings on my fender basses, but again it all depends on the project and what kind of sound I'm looking for or the producer is looking for. I was recently in the studio with John Mayer in NYC recording Bob Reynolds new album, and I asked the engineer if there was an old bass in the studio that I could use, just to have another option for sound on the record. They found an old Fender music master that belonged to Jim O'rouke from Sonic Youth, and I ended up playing the entire record with it. I think I put a new set of Nylon Tape Wound strings on it on the first day of recording, and didn't change them for the rest of the album).

Tomas Julio (Colômbia)

Olá Ariel, como meu estilo de tocar envolve algumas técnicas específicas eu prefiro cordas novas para uma sessão de gravação. O único truque é que eu as coloco 5 dias antes da gravação para que as cordas percam um pouco daquele "zing" agudo, normal em sets novos. Assim eu consigo alcançar meu timbre perfeito de slaps e pizzicato. Para mim, cordas novas mostram e expõem melhor a qualidade sonora dos meus baixos, mas é um tema do que trabalhar para cada pessoa e cada tipo de baixo, por exemplo: Eu amo o som que tenho no meu AB com uma DR flatwounds de três meses..para o blues é uma diversão, mas para outros estilos simplesmente mata meu timbre.

(Hi Ariel, like my style of playing involves some specific techniques I prefers New strings to recording session. The only trick is that I put the strings 5 days before the recording session to the strings can lost a little of the "zing" highs normal in a new set...This way I can to get my perfect tone for slaps and fingers...To me, new strings show and exposes better all the sonic qualities from my basses...But it´s a theme of what work for every people and with every type of bass...Per example: I love the sound that I´ve in my AB with a 3 months old DR flatwounds...to Blues it´s a joy but for other styles of music…just will kill my tone!!!).

 Filipe Marks (Brasil)


Eu costumo trocar de cordas de 5 a 7 dias antes de gravar. Desta forma, tenho o timbre da corda nova, mas sem aquele brilho exagerado, abração.














Ximba Uchyama (Brasil)


Gosto das cordas novíssimas, pela questão da minha preferência do timbre moderno, gosto do brilho presente, como um "kick" de bumbo, dá uma definida melhor no grave. Esse brilho varia dependendo do estilo, não é o mesmo pra todos. Slap dá pra abrir mais a equalização, groove pizzicato um pouco menos. Jazz, blues, menos ainda, mas nunca abafado totalmente, não curto. Mês passado gravei o cd do faiska, troquei as cordas no dia.



E você como gosta das suas cordas na hora da gravação? (Deixe seu comentário)

Se curtiu o post COMPARTILHE com os amigos.

Junte-se ao Baixonatural nas Redes Sociais: http://facebook.com/baixonatural & http://twitter.com/baixonatural