quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Joe (Baixista da Pitty) numa entrevista pra lá de descontraída sobre Rock'n'roll

Por Sidney Filho


Joe, baixista da banda Pitty, é um verdadeiro ícone do Baixo no Rock Nacional. Já tocou em bandas clássicas, como Dead Billies e Os Feios, e agora está com um novo projeto chamado Joe e a Gerência. Nesse bate-papo descontraído, ele revelou um pouco da trajetória como músico e também sobre novos projetos. Aproveite, é diversão garantida.




Como você começou a se interessar por Rock’n'Roll? Quais foram os primeiros discos de Rock que escutaste?

Comecei a descobrir o Rock N’Roll no dia 16 de agosto de 1977. Era meu primeiro ano de ginásio e estava voltando pra casa e ainda era dia em Salvador (aquele calor de 30 graus) quando vi uma moça chorando e contando pra amiga que “O Rei do Rock (Elvis Presley) estava morto”. Aquilo me chamou muito a atenção mas continuei o meu caminho pra casa. Bicho, não sei o que aconteceu mas aquilo foi me dominando, um sentimento que não sabia explicar tomava conta de mim cada vez que alguém falava aquilo. Quando cheguei em casa só piorou porque (acho eu, no auge dos meus 10 anos e quase 11) minha mãe consolava minha tia em prantos, aí fudeu! 
Comecei a chorar compulsivamente por alguém que nem conhecia nem lembrava de ter ouvido falar. A partir daí a tv começou a passar todos os filmes de Elvis na sessão da tarde. Os primeiros discos que escutei foram Revolver (Beatles)  e High Way to Hell (AC/DC), todos com Lunabis, Boscosativa e Zilmonha, que eram meus amigos desde a infância.


Como foram as tuas primeiras experiências em bandas? Como era a repercussão em Salvador, e no Brasil, com as bandas que fizeste parte?

Minhas primeiras experiências com bandas foram de puro aprendizado e descobertas. Me lembro dos primeiros ensaios que eram muito precários – claro, eu morava em Salvaor e tudo demorava muuuuuuuuito pra chegar por aquelas bandas do país. Montamos uma banda na escola chamada “Os Feios”, que foi o embrião  do que viria a ser os Dead Billies. Lembro que nossos ensaios, por muito tempo, eram “meio” que acústicos: eram 2 vilões e 1 catálogo telefônico, que era a bateria. Depois que os Billies acabaram,  continuamos a tocar juntos eu (que era Joe Tromondo na época), Rex Crotus na bateria e Morotó – que ainda carregava a alcunha de Slim – na guitarra, na banda instrumental “Retrofoguetes”. Não posso deixar de citar “Mr. Vox” Mosckabilly, pra mim, e com muito orgulho, um dos melhores cantores do mundo. Em Salvador (e fora também)  tocávamos fogo por onde passávamos, era muito divertido mas não saíamos muito de lá. Até hoje encontro pessoas que estão descobrindo os Dead Billies e que falam da força das canções. Ou seja teve uma repercussão muito boa pra quem conheceu na época e ainda tem até hoje pra quem está  conhecendo.

A banda Pitty já é considerada como uma das mais importantes do Brasil. Como começou e como você entrou na banda?

A banda começou em Salvador no estúdio de Duda. A principio, a banda que ía acompanhá-la seria o “Diga Aí Chefe” da qual eu fiz parte como roadie, produtor e técnico de som nos momentos mais caóticos. A banda era Duda, Peu e LF. LF(músico muito requisitado) acabou que  foi fazer outras coisas e não pode seguir com Pitty e eu estava morando uns dias(que viraram meses) no estúdio de Duda (eu tinha até um quarto lá). Bom, pra encurtar a conversa, eu era o baixista mais próximo no momento e fui convidado a fazer parte da trupe, na época estava tocando com os “Retrofoguetes e tínhamos lançado o EP “Protótipo de Demonstraçao” .


Quais foram os melhores momentos com a banda Pitty até agora?

Foram tantos que é difícil falar de algum especificamente


Você agora está em novo projeto, Joe e a Gerência, conte para nós sobre essa banda:

Este projeto é uma parada muito simples: as músicas foram compostas mais ou menos há 20 anos atrás e nunca foram gravadas ou registradas. Sempre curti muito essas composições e há uns 10 anos atrás montei este projeto com uns amigos em Salvador mas não durou muito, fizemos uns 3 shows e pimba! Acabou. Hoje estamos muito empolgados tocando a Gerência, a cada show me empolgo mais. Esse estímulo pra mim vem do desafio de cantar e tocar guitarra. Chamei os amigos Brunno Cunha (baixo) que também toca teclado com Pitty, Dom Rick da Pompéia na bateria e Rafael Mimi na guitarra e estamos entrando em todos os lugares que nos permitem entrar.




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