sábado, 8 de outubro de 2011

Baixonatural Entrevista: Exclusiva com o italiano Alberto Rigoni


Por Ariel 'Nog' Andrade


Seis meses atrás conheci através do 'Boss Loop Contest' o trabalho fantástico do italiano Simone Vignola, Vulgo 'The Loop man'. Inclusive fizemos um artigo falando dele e também uma super entrevista, com o passar do tempo me apresentaram uma nova banda italiana formada com dois baixistas, tal banda chamada de "The BassTards". Um deles é o conhecido Simone Vignola e o outro é o que temos o prazer te apresentar  pra vocês - Alberto Rigoni. Alberto é um grande baixista italiano que acaba de lançar seu disco novo, e que vem dando o que falar na Itália com sua maneira de fazer música e clipes. Com vocês, Alberto Rigoni.


Olá Alberto, Obrigado por receber o BaixoNatural para esta entrevista.

1)Você nos enviou o seu mais novo disco. Realmente é ótimo, nós curtimos bastante. Nos fale um pouco sobre os músicos com que você trabalhou neste disco.
Olá! Obrigado pelas suas palavras, fico feliz em saber que você gostou. Bom, o primeiro convidado foi o lendário baterista do Porcupine Tree, Gavin Harrison. Eu não tinha certeza de que ele estaria interessado, mas não custava nada tentar, então contactei ele e ele respondeu: "Sim, eu poderia me interessar se eu gostasse da música e pudesse senti-la". 
Pensei: "Uau, esta é uma grande chance". Algumas horas depois de ler este email eu peguei o baixo e comecei a compor a faixa chamada "Free". No dia seguinte, conheci o guitarrista Tommy Ermolli (TwinSpirits) e nós gravamos algumas tracks de guitarra, em seguida enviei a canção para Gavin. Eu não escrevi linha nenhuma de bateria e deixei tudo por conta dele. Alguns dias depois, ele me enviou de volta as tracks. Estavam simplesmente incríveis, o seu jeito de tocar bateria é deslumbrante. Nunca ouvi nada como aquilo, não tem jeito, Gavin é um dos melhores bateristas do mundo. Por fim Frederico Solazzo gravou algumas ótimas linhas de teclado na faixa.

Alguns Meses depois eu entrei em contato com John Macaluso, eu sempre fui fascinado pelo seu jeito de tocar, em especial no álbum "Burn the Sun" do ARK. Ele é uma pessoal maravilhosa e um grande baterista. Nós nos conhecemos na Itália durante a sua turnê de clínicas, e acabamos tocando juntos a música "Ontogeny". Você pode conferir este Vídeo Clipe a seguir: 


Em seguida temos os meus ídolos, Michael Manring e Yves Carbonne com seu jeito único de tocar. Eu tinha certeza que os seus grandes tons iriam contribuir bastante com as músicas. Em "A new soul" Michael Manring tocou a parte que originalmente eu havia separado para a voz, se você ouvir o resultado irá entender o por que de eu pedir para ele toca-la . Já em "Rebirth" eu deixei para Yves Carbonne a parte do Fretless. Ele  tocou exatamente o que eu tinha em mente sem sequer eu pedir para ele tocar alguma parte escrita.

Outro convidados (não tão famosos como os citados previamente, mas também músicos espetaculares): O guitarrista Tommy Ermolli (TwinSpirits), Simone Mularoni (DGM), o cantor Jonas Erixon (Alicate), os tecladistas Frederico Solazzo, Andrea Pavanello (Centrica), Emanuele Casali (DGM) e Felippo Lui.

2) Nós fizemos uma entrevista com outro baixista italiano chamado Simone Vignola alguns meses atrás. Percebemos que você tem um projeto com ele chamado 'The BASStards', fale um pouco sobre este projeto.
Sim, Simone é um jovem baixista italiano que eu conheci no Euro Bass Day 2010 (Verona, Itália). Eu fiquei impressionado com o seu jeito de tocar, pelo seu senso se melodia e pelo seu jeito de usar o loop. Nós achamos que possuíamos um gosto musical similar e decidimos fazer algo juntos. Ele mora em uma cidade chamada Avellino que fica mais ou menos 900 km distante de mim. Então basicamente nós trabalhamos online. É uma espécie de Eletro dance/pop com muitas influências rock e claro com muito baixo( ritmos, arranjos, solos e etc). Nós acabamos de lançar este vídeo clipe, confira:


Nós estamos trabalhando em novas músicas, deixaremos vocês atualizados.

3) Como é a cena baixística na Itália hoje? Quem é o grande nome lá no momento?
Há muitos grandes baixistas na Itália hoje em dia. Por exemplo temos Gianni Serino, Roberto Badoglio, Maurizio Rolli e Gianni Gadau.

4)Nos conte um pouco da sua história musical. Quando você começou a estudar e tocar baixo?
Eu comecei a tocar baixo quando tinha mais ou menos 16 anos (agora tenho 29) depois de um amigo meu me apresentar o Dream Theather. Eu ouvi "A change of seasons", uma deslumbrante música de 23 minutos que todo mundo conhece e simplesmente chapei naquele som. Então eu tomei a decisão,"eu quero tocar as músicas do Dream Theather". Eu tive aulas com um amigo que inclusive me ajudou a tocar 'Erotomania' (Awake álbum) com quatro cordas. Depois de dois ou três meses eu ouvi alguns bons resultados e então comprei um baixo de seis cordas, e continuei aprendendo sozinho músicas mais complexas do Dream Theather ( e também outros sons progressivos de outras bandas). Junto com o baterista Enrico Buttol, fundei uma banda cover de Dream Theather chamada ASCRA e nós tocamos juntos por cinco anos, enquanto isso eu também me juntei ao TwinSpirits, uma banda progressiva italiana. Bom, aí muita coisa aconteceu, para conferir mais sobre minha biografia detalhada acesse www.albertorigoni.net

5) Quais são suas maiores influências musicais?
Eu cresci ouvindo bandas como Dream Theather, Yes, Rush e Genesis que certamente deixaram suas marcas, mas no decorrer dos anos meus interesses musicais se desenvolveram por vários gêneros.Pela visão baixística eu fui influênciado por muitos músicos como Michael Manring, Randy Coven ( ARK, STEVE VAI), Doug Wimbish (Living Colour), Billy Sheenan (Mr. Big), Adam Nitti, Yves Carbonne. 

6) E sobre seu atual Setup? Fale um pouco sobre o que você usa tanto ao vivo quanto em gravações.
O álbum "Rebirth" foi gravado com um baixo Elrick, golde series de seis cordas. Robert Elrick faz meus baixos a mão com seus tons bem focados nas notas. Algumas músicas nós gravamos com um 'F Bass BN6' que vocês podem conferir no vídeo clipe de 'Bassex'.


Recentemente eu mudei para os baixos DingWall. Estes baixos são instrumentos 'Multi-escala' que usa o sistema de frets Novax Fanned. O timbre é inacreditável, eles tem uma escala de 37" na corda B que soa profundo e claro ao mesmo tempo, e também uma escala de 34'' que soa ótimo, tal sistema permite um balanço perfeito entre todas as cordas e também uma ótima afinação de cara corda em sua própria escala. 

Já quando o assunto é amplificadores, eu uso Aguilar. Eu possuo o AG 500 dual Channel e  DB410. Eu realmente amo o timbre Aguilar, quente e 'pancada'. Eu acabei de juntar ao meu Rig o cabeçote Tone Hammer 500 e as caixas SL 112, super leve porém um produto forte, cansei de coisas pesadas.

Eu também uso cordas Ernie Ball Slinky, Hipshot bass Stender, Cabos Evidence, Afinadores Peterson Strobo.

7) Quais seus planos para a sua carreira para 2011/2012?
Eu vou lançar o primeiro álbum em breve do projeto Lady & The Bass (http://ladyandthebass.com) nós acabamos de gravar um novo vídeo clipe. E para o projeto "The Basstards" nós estamos pensando sobre lançar um EP. (www.thebasstards.com). Tenho grandes idéias para o meu novo álbum.



8) Você conhece o Brasil? Tem planos de nos visitar para mostrar sua música? Conhece algum músico e algumas canções brasileiras?? 
Eu nunca estive no Brasil e nenhum plano foi traçado ainda para tocar aí mas espero que isto acontece mais cedo ou mais tarde. Eu escutei algumas bandas de metal brasileiras como "ANGRA". Gosto do jeito que misturam metal com música originalmente brasileira, e claro eu conheço o Samba. Brasileiros tem o groove dentro de si.

9) No seu Novo cd, nós notamos vários timbres diferentes de baixo, quais equipamentos você usou nestas gravações em específico? 
Bom, eu penso que os vários timbres são produzidos não somente pelos equipamentos mas também pelo baixista. De qualquer forma eu sempre uso o velho pré-amp TC eletronic + Empirical labs Distressor e em seguida algumas vezes durante a mix coloco alguns efeitos como delays, chorus e reverb. No meu primeiro disco eu usei mais efeitos diferentes como Whammy e Envelope Filter. Rebirth é menos experimental em termos de efeitos.

10) Deixe uma mensagem para todos os leitores do BaixoNatural e para todos os jovens baixistas que um dia sonham em se tornar um baixista profissional. 
Bem, primeiramente, agradeço imensamente por esta entrevista, espero que gostem.
Nos dias de hoje, o mundo da música é um mundo muito difícil e não é fácil se manter só com ela mas de qualquer jeito temos que continuar lutando....sempre! 

11)Onde podemos entrar em contato direto com seu trabalho na internet? 

Website: www.albertorigoni.net

Twitter: www.twitter.com/albertorigoni

Facebook: www.facebook.com/albertothebassrigoni


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Foi uma honra entrevistar você, esperamos ver você ao vivo o mais rápido possível em nosso país.
Grazie mille! Ciao!

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